O presidente da comissão executiva do Standard Bank Angola (SBA), Luís Teles, afirmou, há dias, em Luanda, ser ambição daquela instituição financeira tornar-se, a médio prazo, num player de referência no mercado de activos do país.
“A nossa grande meta, para já, será duplicar o mercado de gestão de activos em Angola e tornarmo-nos claramente os líderes deste mercado, não apenas replicando os produtos que já existam, mas trazendo inovação para o mercado”, disse o gestor aos jornalistas, à margem da cerimónia que marcou o lançamento, no passado dia 27 de Setembro, da Standard Gestão de Activos (SGA), subsidiária do SBA.
Apresentada no dia em que o banco completava 13 anos de existência no mercado angolano, a SGA – instituição financeira não bancária – oferecerá serviços de consultoria de investimento e comercialização de unidades de participação de fundos de investimentos por si geridos. O primeiro serviço destina-se a investidores institucionais e pressupõe aconselhamento sobre carteiras de investimento em valores mobiliários.
Já a comercialização de unidades de participação de fundos de investimento destina-se à generalidade dos investidores que pretendem apostar no mercado de capitais, através de uma entidade especializada que põe à sua disposição um ou vários fundos de investimento que permitem ao investidor fazer a sua selecção de acordo com o seu perfil de risco, explica a holding angolana do Standard Bank.
Luís Teles lembrou que o SBA “foi a primeira entidade privada a emitir uma obrigação cotada na Bodiva, em 2018, a primeira a intermediar a aquisição de títulos da dívida pública, em kwanzas, por parte de investidores internacionais de carteira, a primeira a transaccionar um Acordos de Recompra (Repo) no mercado interbancário, bem como a primeira a intermediar uma transação na Bodiva – Bolsa de Dívida e Valores de Angola, como parte do Propiv – Programa de Privatizações [do Governo de Angola]. Mas recentemente, a instituição participou também na estruturação e colocação das primeiras obrigações cotadas da maior empresa de Angola, a Sonangol.
“Estamos intimamente ligados ao nascimento e crescimento do mercado de capitais em Angola. Temos, portanto, track record [histórico] e sabemos o que estamos a fazer. Tudo que nós fazemos é para demostrar a todos que é possível. É mesmo possível. Temos de acreditar. Estamos aqui hoje presentes para fazermos o nosso papel no crescimento de Angola”, enfatizou.
Por tudo isso, justificou o CEO, entenderam ser agora o momento de prepararem outros voos em Angola. “O Standard Bank Group, a melhor instituição financeira de África, dispõe de um conhecimento e experiência ímpar no continente em várias áreas de negócio, muitas das quais não existentes em Angola. Entendemos que agora é a hora de nos lançarmos em outros desafios: avançar para a constituição de uma sociedade gestora de activos”, reforçou.
Por sua vez, António Catana, CEO da Standard Gestão de Activos, indicou que a instituição tem como principais pilares “a experiência e o conhecimento que o Grupo Standard Bank tem na área de gestão de activos noutros países em África, na robustez do seu capital, bastante acima do mínimo requerido regulamentarmente, na excelência da sua equipa, bem como na adequação dos seus sistemas ao futuro desenvolvimento do mercado”.
De acordo com Catana, a SGA pretende ter um papel relevante para o desenvolvimento e dinamização do mercado da gestão de activos em Angola, que quando comparado com outros países em África, “tem um potencial de crescimento enorme”. “Faremos isto através da inovação, quer com a introdução de novos produtos que actualmente não existem em mercado, quer através da comercialização directa de fundos de investimento com os seus clientes, mediante o nosso portal de cliente ou da nossa App”, precisou.
Testemunharam o lançamento da SGA, entre várias individualidades, Mário Augusto Caetano João, ministro da Economia e Planeamento, Ottoniel Santos, secretário de Estado para as Finanças e Tesouro, Ludmila Dange, administradora da Comissão do Mercado de Capitais, Odair Costa e Kalussevico Miguel, administradores da Bodiva, assim como o vice-governador do Banco Nacional de Angola.
Fonte: www.forbesafricalusofona.com